Para aqueles que não sabem, os futuros, ou contrato de futuros são basicamente uma forma de contrato derivativo; Eles que autorizam dentro do Brasil as metodologias padronizadas para realizar a compra e venda de ativos conforme o B3 estiver exigindo.
Foi dito pelo diretor financeiro André Milanez, que o contrato de futuros será lançado nos próximos seis meses dentro do Brasil.
O B3, sigla para a Bolsa de Valores do Brasil, também deu o veredito de que dentro de seis meses pretendem lançar seu primeiro produto oficial voltado para o mercado de criptoativos, como por exemplo a negociação de futuros de BTC; O anúncio foi realizado por André Milanez durante uma teleconferência na segunda-feira.
Milanez não ofereceu muitos detalhes a respeito de como o mesmo vai funcionar sem contar que ainda não se sabe se o B3 vai formar uma parceria ou se apenas oferecerá negociação direta de futuros de Bitcoin, mas o que se sabe até o presente momento é de que prazo para o lançamento deste produto foi apresentado como relativamente curto; Milanez ainda complementou “Planejamos lançar futuros de bitcoin nos próximos três a seis meses”.
Atualmente dentro do Brasil, os investidores institucionais e também de varejo podem realizar contratar 11 ETFs através do B3 com exposição a criptomoedas, como é o caso do CRPT11 da Empiricus com Vitreo, o NFTS11 da Investo, QBTC11 – QETH11 e QDFI11 todos da QR Assets e também o META11, HASH11, BITH11, ETHE11, DEFI11, WEB311 todos da Hashdex; Sem esquecer de contar de que no Brasil, existem mais de 25 fundos de investimento aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários ou CVM, esses que por sua vez possibilitam diferentes tipos de exposição ao mercado de criptoativos.
Em janeiro Jochen Mielke de Lima, o diretor de tecnologia da informação do B3, já informou meses antes que a bolsa brasileira lançaria diversos produtos com exposição a criptomoedas no ano de 2022, incluindo até mesmo os futuros de Bitcoin e futuros de Ethereum aqui citados.
Na instante ocorrido, o executivo cita que a bolsa de valores brasileira já vinha colado os olhos bem perto do mercado de criptomoedas a partir do ponto de vista tecnológico desde o ano de 2016.
De acordo com o comunicado, o B3 precisa resolver a questão de como as negociações vão ser feitas, pois em relação ao Dólar ou ao Real, os contratos futuros exigem um índice de referência e portanto, caso seja escolhido como moeda o Real, será necessário integrar um índice de criptoativos em reais, o que é algo que não existe até o presente momento.
O representante do B3 também informou que já começaram a buscar novas maneiras de fornecer a entrada de dados para os criptoativos dentro do banco central o CBDC.
B3 e as Criptomoedas
Além dos futuros de BTC e ETH, o Banco Central também quer fornecer outros serviços às exchanges nacionais de criptoativos e a partir disso poder se tornar uma espécie de centralizador das operações de custódia e liquidação; Jochen Mielke de Lima informou que o Banco Central já tem cerca de 30 exchanges nacionais de criptomoedas ativas, isso sem contar as internacionais que também operam aqui no Brasil. Ele cita que poderiam oferecer uma espécie de serviço que visasse facilitar e permitisse padronizar as operações em território nacional; Ele ainda afirma que acredita que tem algo a explorar na prestação de serviços de custódia e no processo de liquidação.
Mielke, também descreve com convicção de que o mercado de criptoativos possui muitas semelhanças ao mercado de ações já existente e atualmente regulamentado, visto que o mesmo envolve ações de emitir, negociar, liquidar e gerar a custódia; Ele afirmou ainda que o B3 poderia ajudar a resolver problemas comuns entre as exchanges.
“Estamos identificando pontos de atrito que podemos ajudar a resolver, como ajudar nossos clientes a fornecer o melhor acesso a seus clientes finais”, diz Mielke.
O B3 deverá lançar ainda em 2022 outros novos produtos que se comuniquem com as criptomoedas e o blockchain; Entre eles, há estudos sobre uma plataforma para tokenização de ativos, negociação de criptomoedas, custódia de criptomoedas, entre outros serviços.
“Negociação e acesso a centros de liquidez: isso significa mitigar as complexidades de acessar um mercado fragmentado, global e 24×7; Custódia de Ativos Digitais: fornecer custódia confiável (portanto, finalidade das transações blockchain); Facilitação de balcão: desta forma, quer fornecer mais segurança e eficiência na movimentação e DVP de ativos digitais; Ganhos de eficiência de capital: assim, quer mitigar a natureza pré-financiada das operações e Crypto as a service: facilitar para os clientes explorar o mercado de criptomoedas com baixo atrito”, é o que os representantes do B3 informam.
Para 2022, os representantes do B3 disseram estarem a prever o lançamento oficial de sua plataforma de resseguros; Desse modo, a plataforma deve funcionar no blockchain Corda R3 que é uma parceria entre a exchange e o IRB Brasil.
Fonte: https://cointelegraph.com/news/the-brazilian-stock-exchange-will-launch-bitcoin-and-ethereum-futures