O Arsenal Football Club vem enfrentando dificuldades financeiras há tempos. O impacto recente com a paralisação dos jogos atingiu imensamente as finanças do clube, resultando em enormes perdas em todos os setores. 

Quando os torcedores de futebol deixaram de ir ao estádio, houve um golpe inevitável. A falta de vendas de ingressos levou a receita do clube a diminuir 95,5%, representando uma queda de £31,6 milhões de libras ao ano, para £1,5 milhão de libras ao ano. 

Hoje em dia, ver grandes clubes de futebol agonizando financeiramente é completamente normal. Com a exceção dos times que já foram comprados por grandes empresários e investidores estrangeiros, muitos clubes tradicionais ao redor do mundo sofrem com problemas de dinheiro. ​​

De acordo com especialistas, na Inglaterra, o Arsenal é o clube mais dependente da receita dos jogos do que todos os outros grandes do campeonato inglês. Isso influenciou muito a já frágil saúde financeira dos ‘Gunners’.

Proposta do cofundador do Spotify para comprar o Arsenal é rejeitada

Apesar da delicada situação, a empresa KSE dos atuais proprietários do clube, Stan Kroenke e Josh Kroenke, rejeitou uma oferta substancial do empresário bilionário sueco Daniel Ek, de 38 anos, fundador do serviço de streaming de música Spotify, pela compra do clube do norte de Londres.

A intriga sobre a futura propriedade do Arsenal teve uma reviravolta dramática, depois que Daniel Ek, insistiu ter feito uma oferta generosa pelo clube e planejava incluir a propriedade dos torcedores como parte da estrutura. A posição da família Kroenke foi de negar o negócio e dizer que não têm intenção de vender a propriedade ou representações no conselho. 

Além do Arsenal, os Kroenkes administram muitos clubes esportivos pelo mundo, como a franquia da NBA, Denver Nuggets, a franquia da NHL, Colorado Avalanche e o clube da Major League Soccer (MLS) dos EUA, Colorado Rapids. Também é dono do clube da NFL Los Angeles Rams, com um patrimônio líquido estimado de US$8,2 bilhões, segundo a Forbes.

A aventura do Arsenal nas criptomoedas

Apesar das dívidas, o Arsenal ainda não está à beira do colapso financeiro. O clube, considerado grande demais para falir por parte dos fãs, ainda gastou significativamente na última janela de transferências e talvez isso seja motivo de alívio para alguns torcedores. 

Como parte da solução e seguindo a onda de diversos clubes ao redor do planeta, inclusive no Brasil, o Arsenal criou um token de torcedor e liberou a oportunidade para os seguidores se envolverem diretamente com o clube com a tecnologia blockchain e, ao mesmo tempo, criar uma nova fonte de renda provinda dos apoiadores do clube.

Conforme o anúncio, essa plataforma de recompensas digitais com acesso exclusivo a determinados aspectos e outras vantagens para fãs, se tornará um ponto de encontro digital para a base de torcedores do Arsenal em todo o mundo, com a parceria refletindo o desejo do clube de criar uma experiência de torcedor mais envolvente para seus seguidores globais.

Como parte da parceria, os fãs poderão comprar NFT, token criptográfico não fungível, usando a própria plataforma do clube. A partir daí, eles ganharão oportunidades de participar de pesquisas interativas em uma variedade de decisões a cada temporada, além de fornecer acesso a conteúdo relacionado e participação em jogos, competições e questionários relacionados ao clube.

Os NFTs serão totalmente negociáveis ​​em uma série de grandes exchanges de criptomoedas, incluindo Coinbase e Binance. O Arsenal se tornou o segundo clube da Premier League a se inscrever nesse provedor de blockchain para oferecer esse tipo de produto, o primeiro foi o Manchester City.

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