Mairead McGuinness, comissária de serviços financeiros, estabilidade financeira e união dos mercados de capitais da Comissão Europeia, está pediu para que reguladores globais trabalhem juntos para lidar com os riscos potenciais no mercado de criptomoedas.
Em um artigo de opinião de domingo no meio de comunicação político The Hill, McGuinness disse que a União Europeia e os Estados Unidos podem ajudar a liderar o mundo em uma abordagem regulatória para criptomoedas que considere os benefícios da tecnologia inovadora enquanto aborda “riscos significativos”.
A comissária da UE apontou para a volatilidade de certos ativos, o risco de insider trading, criptomoedas potencialmente usadas pela Rússia para evitar sanções e preocupações ambientais.
O ponto positivo do texto de Mairead McGuinness é que a comissária consegue entender os benefícios das criptomoedas. Segundo McGuinness, elas têm o potencial de tornar transações mais baratas, rápidas e seguras, além disso, destaca a acessibilidade das mesmas, bem como a sua transparência.
Mairead McGuinness, ex-vice-presidente do Parlamento Europeu e atualmente comissária europeia de Serviços Financeiros, afirmou que apesar de a Europa e os EUA estarem adiantados sobre a regulação das criptomoedas, isso deve ser conduzido de forma global.
“Para tornar as regras de criptomoeda totalmente eficazes, a criptomoeda requer coordenação global e princípios internacionais conjuntos”, disse McGuinness, acrescentando:
Embora enxergue os benefícios das criptomoedas para o mundo, como a remoção de intermediários e redução de custos em transações, McGuinness nota que seus riscos não devem ser subestimados.
Longa caminhada apesar de lideranças visionárias.
No texto de Mairead McGuinness fica claro que a comissária consegue entender os benefícios das criptomoedas. Segundo McGuinness, elas têm o potencial de tornar transações mais baratas, rápidas e seguras, além disso, destaca a acessibilidade das mesmas, bem como a sua transparência.
Contudo, inicia as críticas alegando que investidores são enganados por promessas, bem como arriscam perder capital devido a golpes e outras características naturais de qualquer mercado, como a volatilidade.
“Um acordo global sobre criptomoedas deve primeiro consagrar que nenhum produto permanece sem regulamentação. Em segundo lugar, os supervisores devem coletar e trocar informações globalmente. Terceiro, qualquer acordo deve proteger os pequenos investidores. Quarto, o ecossistema de criptomoedas deve integrar totalmente as considerações ambientais.”
A criptomoeda está se tornando mainstream. Para permitir a inovação em finanças e proteger efetivamente os consumidores, precisamos de uma abordagem global para regular as criptomoedas. Leia mais em meu editorial para @TheHillOpinion— Mairead McGuinness (@McGuinnessEU) 2 de maio de 2022
“Os investidores arriscam perder dinheiro devido à fraude, artifícios ou simplesmente pela volatilidade que caracteriza os mercados de criptomoedas desde o seu início.”
Claro que este mercado está sujeito a perdas, como qualquer outro. Contudo, muito se ouve falar em regulação, com o governo decidindo o que é legal ou não, e pouco se ouve sobre educação. Em outras palavras, seria mais fácil educar o investidor, preparando-o para qualquer mercado, do que decidir, por ele, em quais ativos ele deve investir.
Regulação global
Citando o andamento das leis em votação no Parlamento Europeu e a ordem assinada por Joe Biden, presidente dos EUA, em março deste ano, McGuinness então destaca quatro pontos, afirmando que tal posicionamento sobre as criptomoedas deve ser global.
- Um acordo global sobre criptomoedas primeiramente deve consagrar que nenhum produto permaneça sem regulamentação.
- Em segundo lugar, os supervisores devem coletar e trocar informações globalmente.
- Terceiro, qualquer acordo deve proteger os pequenos investidores.
- Quarto, o ecossistema de criptomoedas deve integrar totalmente as considerações ambientais.
“Não temos tempo a perder na gestão desta transformação em benefício dos investidores, das empresas e da sociedade em geral.”
Portanto, o melhor caminho ainda é a educação financeira, ainda muito fraca em nossa sociedade. Afinal, antes do Bitcoin tornar-se popular, muitos acreditam que o Real tinha lastro em ouro.